Como manter a própria regulação emocional enquanto auxilio a criança ?
No dia a dia e nos momentos específicos em que trabalhamos com nossas crianças com TEA, precisamos estar atentos ao nosso próprio estado emocional, pois, este, influencia o estado emocional de nossa criança.
Para avaliar a própria regulação emocional é preciso avaliar o grau de reações físicas, emocionais e cognitivas que temos ao nos depararmos com determinados comportamentos de nossa criança. Dependendo de nossas reações, ficamos incapazes de pensar e agir com clareza e precisão necessárias a uma determina situação.
Alguns comportamentos desencadeantes típicos que provocam reações mais enérgicas são: reações ou comportamentos da criança nos momentos de angústia, pouca flexibilidade da criança, ecolalias e perguntas repetitivas, birras e manhas excessivas e comportamentos tipicamente disfuncionais/improdutivos.
Normalmente, não é o comportamento em si, mas a maneira como nós pensamos sobre o comportamento que desencadeia a reação excessiva em nós mesmos.
É necessário identificar expectativas inadequadas e padrões de pensamento que possam servir como gatilhos cognitivos para nossas reações.
Referindo-se às ações da criança que você identifica como desencadeadoras de reações excessivas em você, faça-se as seguintes perguntas:
O que essa ação diz sobre a criança? O que essa ação diz sobre você como pai/mãe/profissional? O que essa ação diz sobre o futuro? Quão verdade são essas crenças?
Diante dessas perguntas, algumas respostas podem surgir para melhorarmos nossa regulação emocional nessas situações:
Determinar se precisamos de uma ajuda extra( psicoterapia/medicação/relaxamento/horas para si)
Aprender a importância de diminuir o ritmo ao se envolver com a criança, para fornecer-lhe o tempo para processar de forma eficaz.
Saber como e quando "parar a ação" e fazer pausas.
Pensar sobre a criança numa perspectiva de crescimento positivo e também praticar o pensamento sobre o progresso como uma série de etapas muito pequenas, mas muito mais importantes.
A atitude mais importante que podemos tomar para nos tornar um guia mais eficaz é reconhecer quando a interação não está sendo produtiva e permitir-se "parar a ação" e fazer uma pausa ao lado da criança. Não abandonar a criança, mas dar um tempo naquela situação.
Referência: https://stage.rdiconnect.com/resources